Resumos Doutrinários - 5 Solas

Soli Deo Gloria.
     A Palavra de Deus enfatiza a sua glória, o seu esplendor, a sua majestade. Ela ainda nos afirma que a glória do Senhor pode ser percebida na sua criação.
"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos."
(Salmo 19.1).
     Com o Sl 19.1, além de outras passagens, a Bíblia sustenta que toda a obra da criação é um reflexo da glória do Senhor. Assim, os reformadores entenderam que a finalidade de toda obra da criação é a glória de Deus e, por isso, eles enfatizavam que, tanto na salvação quanto na adoração humana, toda glória deve ser dada somente a Deus.
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”.
(I Coríntios 10.31).
     Quão grandiosa graça é portar a imagem de Deus em nós! 
     Deus é o sumo bom, nele está a perfeição do amor, da justiça, do poder. Ele é majestoso e nele reside todo o esplendor!
     Este mesmo Ser supremo é o Criador de todas as coisas nos céus e na terra, para a glorificação do seu nome. Ele fez o homem, à sua imagem e semelhança, com este mesmo fim. 
     Mas, como bem sabemos, o pecado acabou corrompendo o ser humano em todas as esferas do seu ser, inclusive nesta imagem.
     Porém, somente pela graça, Deus nos concedeu Cristo, o resplendor da sua glória, e, no Filho, a imagem do altíssimo é restaurada em nós.

     Ao pecarmos contra Deus, nosso relacionamento com o Criador também foi corrompido e, a partir dai, deixamos de glorificá-lo com nossas vidas. Passamos a centralizar a nossa adoração em nós mesmos e em outras coisas que não são Deus. Com a Queda, o homem tornou-se essencialmente um criador de ídolos. Tais ídolos não são, necessariamente, esculturas feitas pelas mãos dos homens, pois é possível que idolatremos pessoas, coisas ou outros objetos, como por exemplo: dinheiro, filhos, posições sociais, etc.

     Os reformadores protestantes enfatizaram a necessidade de darmos glórias somente a Deus, tanto na nossa salvação do homem quanto na adoração. Nosso culto deve ser, portanto, centrado no Senhor.

     Deus não precisa de nós ou da nossa glorificação para ser Deus, para se alegrar ou para se completar. Ele já tinha glória antes de criar o mundo, conforme está escrito em João 17:5.

     É muito comum encontramos tantas pessoas procurando um sentido para sua vida, elas não tem a noção de porque e para quem foram feitas. Esta é a triste realidade do homem caído. Mas, nós, cristãos recebemos o privilégio de, por meio de Cristo, poder glorificar a Deus com sua vida! Não estamos desorientados, como ovelhas que não têm pastor.

     Dar glórias a Deus não é uma espécie de "fórmula milagrosa" que devemos repetir para que sejamos abençoados. Antes, é fazer dele o centro da sua vida, do seu culto, é reverenciá-lo como Senhor, é honrar o seu nome, a sua Palavra, é exaltar o Filho, é submeter-se ao Espírito, é reconhecer o se poder Criador, é louvá-lo pela salvação, é adorá-lo na beleza da sua santidade.

Soli Deo Glória!

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